sábado, 25 de agosto de 2012

A DROGA NOSSA DE CADA DIA! (Parte 1)

Se você não é viciado em drogas, como eu, vai estranhar o título desse artigo. Se não é consumida, qual o motivo de utilizar a expressão “nossa de cada dia”. Simples! O consumo de drogas se tornou um problema social tão grande, que nos afeta direta ou indiretamente, todos os dias. Por causa dela jovens entram no mundo do crime, se afastam de suas famílias, se afastam dos seus sonhos profissionais, abandonam os estudos e cometem suicídio. Sim, não é preciso pular de uma ponte, dar um tiro na cabeça ou cortar os pulsos, nos tempos do Romantismo. Isso pode ser feito às prestações, consumindo drogas. A morte vem aos poucos... em todos os sentidos.

 
Tomo a liberdade de comparilhar alguns trechos de um artigo que li e aborda o tema.

“O jovem desprovido de maturidade emocional, vivendo a complexidade da vida humana, o medo de enfrentar dificuldades, as frustrações e o modismo é um forte candidato para as drogas. O jovem usa droga para:

·       Reduzir tensão emocional - ansiedade;
·       Remover o aborrecimento;
·       Alterar o humor;
·       Facilitar encontrar amigos;
·       Resolver problemas;
·       Seguir os colegas;
·       Ficar na moda;
·       Expandir a consciência - transcender;
·       Buscar o auto-conhecimento;
·       Atingir o prazer imediato;
 
O jovem usuário de drogas tem dificuldade de formar um "eu" adulto e fica sempre com uma sensação de incompletude, a droga age como um cimento nas fendas da parede que completa seu "eu", é a conhecida fase do "estágio do espelho quebrado" em que Olieveinstein (1991, apud Bergeret & Leblansc) diferencia o usuário do toxicômano. As carências constituídas na primeira infância acarretam esta "falta" ou "incompletude" e a droga vem para completar.

O início do uso de drogas é uma lua de mel. Os pais ficam longos anos desconhecendo que o filho as utiliza. Depois da lua de mel vem o desconforto de estar sem o produto, aumenta a "tolerância" (necessidade de mais doses para o mesmo efeito) e a "dependência" (dificuldade de controlar o consumo). Geralmente, encontramos jovens que usam drogas legais e ilegais nos shows e festinhas, mas não se consideram dependentes delas. "Brincam com fogo" e desprezam toda informação científica que alerta sobre os perigos da "tolerância" e da "dependência". (...) O que leva o jovem a fazer uso de droga é a busca do prazer, da alegria e da emoção. No entanto, este prazer é solitário, restrito ao próprio corpo, cujo preço é a autodestruição. Tudo isto faz esquecer a vida real e se afundar num mar de sonhos e fantasias. Esta é uma opção individual, se bem que, muito condicionada ao papel do grupo.

Além do prazer, a droga pode funcionar como uma forma de o adolescente afirmar-se como igual dentro de seu grupo. Existem regras no grupo que são aceitas e valorizadas por seus membros, tais como: o uso de certas roupas, o corte de cabelo, a parada em certos locais e a utilização de drogas.

É no grupo que o jovem busca a sua identidade, faz a transição necessária para alcançar a sua individualização adulta. Porém, o jovem tem o livre-arbítrio na escolha de seu grupo de companheiros. O tipo de grupo com o qual ele se identifica tem tudo a ver com sua personalidade.

Ao encerrar a primeira parte do artifgo deixo uma proposta: Reserve alguns minutos antes de ir dormir, faça uma prece... Pense no drama dos jovens e famílias que vivem esse problema... Busque uma resposta para essa pergunta: Será que a solução não está em promover o resgate do amor ao próximo, não como desejamos que ele seja, mas, como ele é?
 
(Reprodução parcial do artigo “A droga e o jovem”, escrito por “Rosa Maria Silvestre Santos”)


São João Batista, Rogai Por Nós!